quarta-feira, 23 de julho de 2014

MORRE UM POUCO DO NORDESTE COM ARIANO SUASSUNA



Morre aos 87 anos de idade o escritor Ariano Suassuna e com ele vai um pouco da rica cultura nordestina e de todos que são filhos do árido chão sertanejo. Ariano foi um dos escritores brasileiros mais importantes, pois conseguiu reunir dois saberes diferentes: o erudito e o popular. 

Ariano Suassuna sempre foi um homem preocupado com a massificação cultural. Ele gostava do peculiar, do local e do inusitado. Foi por esse motivo que na década de 1970 o escritor criou o Movimento Armorial, que consistia na criação artística a partir da união de elementos da cultura popular local (xilogravura, bumba-meu-boi, maracatu, canto com rabeca, reisado), passada por meio da tradição oral, com o saber acadêmico.

Muitos artistas atraídos pelo resultado criativo das obras de Ariano, aderiram ao Movimento Armorial. No teatro, na música, na pintura, na dança e na literatura encontramos seguidores. Na música o movimento foi amplo e persiste até os nossos dias. O Quinteto Armorial é um dos principais representantes desse seguimento, mas encontramos também Banda de Pau e Corda e Quinteto Violado. 

Foi com suas obras cênicas que Ariano ganhou o Brasil e a Academia Brasileira de Letras. Os seus trabalhos mais conhecidos são O auto da Compadecida e A Pedra do Reino, adaptadas para a televisão. Uma mulher vestida de sol, Farsa da boa preguiça, O casamento suspeitoso e Almanaque Armorial são outros dos seus escritos. 


A sua obsessão em demarcar o território nordestino em sua arte foi tamanha que o escritor criou traços de uma xenofobia pela cultura estrangeira. Em partes o escritor tinha razão, já que o Brasil passou e ainda hoje passa por uma americanização extrema da cultura. No entanto, Ariano levou essa aversão até as últimas consequências, afirmando que não aceitaria subir no mesmo palco de Chico Science até que ele trocasse o seu nome artístico por Chico Ciência.  

Ariano era um artista por completo, pois os dilemas da vida e da morte também o levavam a escrever pequenas pérolas como uma estrofe que Chicó lamenta a morte de João Grilo no livro O Auto da Compadecida:  "Cumpriu sua sentença. Encontrou-se com o único mal irremediável, aquilo que é a marca do nosso estranho destino sobre a terra, aquele fato sem explicação que iguala tudo o que é vivo num só rebanho de condenados, porque tudo o que é vivo, morre."







   




terça-feira, 22 de julho de 2014

WALTER BENJAMIN E A SUA RELAÇÃO COM A OBRA "EM BUSCA DO TEMPO PERDIDO"

Em Busca do Tempo Perdido é uma coletânea de sete romances escritos pelo francês Marcel Proust, entre os anos de 1908 e 1922. O literato tinha a ambição de tentar apreender pela escrita a essência de uma realidade escondida no inconsciente. Um dos maiores leitores de Proust foi o crítico alemão Walter Benjamin. Em um dos seus escritos ele indaga-se: " Seria lícito dizer que todas a vidas, obras e ações importantes nada mais são que o desdobramento imperturbável da hora mais banal, mais sentimental e mais frágil, da vida do seu autor?". É o que parece sugerir esse que é um dos episódios principais do livro de Proust, narrado logo nas primeiras páginas de No caminho de Swann. 

Benjamin delibera que os sete volumes de Em busca do Tempo Perdido de Marcel Proust, são o resultado de uma síntese impossível, na qual a absorção do místico, a arte do prosador, a verve do autor satírico, o saber do erudito e a concentração do monomaníaco se condessaram numa obra autobiográfica. Já se disse, com razão, que todas as grandes obras literárias ou inauguram um gênero ou o ultrapassam, isto é, constituem casos excepcionais. Mas, mesmo entre elas, esta é uma das menos classificáveis. A começar pela estrutura, que conjuga a poesia, a memorialística e o comentário, até a síntese, com suas frases torrenciais, tudo aquilo excede a norma. Que esse grande clássico da literatura constitua ao mesmo tempo a maior realização literária das últimas décadas é a primeira observação, muito instrutiva, que se impõe ao crítico. 

Para Walter Benjamin, a imagem de Proust é a mais alta expressão fisionômica que a crescente discrepância entre poesia e vida poderia assumir. Sabemos que Proust não descreveu em sua obra uma vida como de fato foi, e sim uma vida rememorada por quem a viveu. O principal para o autor que rememora, não é absolutamente o que ele viveu, mas o tecido de sua rememoração. O acontecimento vivido é finito, ou pelo menos encerrado na esfera do vivido, ao passo que o acontecimento rememorado é sem limites, pois é apenas uma chave para tudo o que veio antes e depois. 

O que procurava ele tão freneticamente? O que estava na base desse esforço interminável? Seria lícito dizer que todas as vidas, obras e ações importantes nda mais são que o desdobramento imperturbável da hora mais banal e mais efêmera, mais sentimental e mais frágil, da vida daquele a que pertencem? E quando Proust descreveu, numa passagem célebre, essa hora sumamente individual, ele o faz de tal maneira que cada um de nós a reencontra em sua própria existência. Pouco falta para que a pudéssemos chamar de quotidiano, Ela vem com a noite, com um arrulho perdido, ou com o suspiro à balaustrada de uma aberta. 

Nem sempre proclamamos em voz alta o que temos de mais importante a dizer. E, mesmo em voz baixa, não o confiamos sempre à pessoa mais familiar, mais próxima e mais disposta a ouvir a confidência. Se, portanto, não somente as pessoas, mas também as épocas, têm essa maneira inocente, ou antes astuciosa e frívola, de comunicar seu segredo mais íntimo aos primeiro desconhecido, então, no que diz respeito ao século XIX, não foi Zola, mas o jovem Proust, o esnobe sem importância, que ouviu de passagem do século envelhecido as mais admiráveis confidências, afirma Benjamin. Somente Proust fez do século XIX um século digno de memória. 

O prefácio do primeiro volume foi feito por Mario Quintana. Ele nos convida para a leitura da obra com a sua persuasão de poeta: "Num monótono final de tarde de inverno, voltando para casa sozinho, o herói, já adulto, aceita tomar, contra seus hábitos, uma xícara de chá com um pequeno bolinho. Dessa pequena xícara sairá toda uma parte de sua infância que estava aparentemente sepultada. E nós, leitores, podemos imaginar o crepúsculo de nossa existência, uma espécie de fim de tarde de nossas vida em que, voltando para casa um pouco desanimados com mais um dia que se passou e com a triste perspectiva do dia que ainda virá, aceitamos das mãos de um amigo um livro que ele insiste em nos indicar com inexplicável veemência: Em busca do tempo perdido". 

Volume I - No Caminho de Sawann



Volume II - À sombra das raparigas em flor


Volume III - O caminho de Guermantes 


Volume IV - Sodoma e Gomorra


Volume V - A prisioneira 


Volume VI - A fugitiva


Volume VII - O tempo reencontrado 


segunda-feira, 21 de julho de 2014

O CINEMA DE THOMAS VINTERBERG 





Thomas Vinterberg nasceu em 1969 na Dinamarca e em 1998 ficou conhecido como um dos cineastas mais importantes do seu país ao lançar o filme Festa de Família. O filme em questão deu início ao Dogma 95, movimento criado pelo próprio Vinterberg e o cineasta Lars Von Trier, que estabelecia algumas regras para a realização cinematográfica. 

Para fazer do filme um produto que não se rendia às regras da indústria cultural, o Dogma 95 criou as suas próprias exigências como a de filmar sem cortes indevidos, proibir o uso de música que não esteja no contexto da cena, usar a câmera na mãos, ausentar a iluminação direta e utilizar temas atuais e impactantes. 

Em Festa de Família todas essas restrições foram colocadas em prática e o resultado foi um produto de excelente qualidade, diferente de grande parte do que é produzido atualmente pela Indústria Hollywoodiana. A crítica à sociedade dinamarquesa fica evidente no decorrer do longa-metragem. A história trata sobre a vida de uma família de grandes posses, que após anos sem um encontro, reunirem-se novamente para comemoração do aniversário do patriarca. No entanto, naquele mesmo lugar, anos atrás, uma das filhas do aniversariante havia cometido suicídio, o que faz renascer nos outros filhos antigas e amargas lembranças. 


Num ambiente envolto ao caos, várias histórias são reveladas como, por exemplo, a descoberta das reais razões da garota ter cometido o suicídio e o vexame que o filho expôs os convidados quando anunciou ter sido molestado na infância. Quando tudo parece não ter condições de complicar mais, aparece no meio da festa um namorado negro de uma das filhas. A aparição em questão provoca o preconceito de grande parte da família e dos convidados que cantam uma música racista, evidenciando assim um problema ainda atual nos países nórdicos e boa parte da Europa. 


O filme é de fato uma contundente crítica aos valores familiares e toda a hipocrisia que rodeia essas reuniões entre parentes. Festa de Família causou polêmica em grandes festivais internacionais, deixando Vinterberg feliz em tirar o público da sua zona de conforto. 

Outro excelente longa do diretor é o filme Submarino. Na trama, Vinterberg tenta evidenciar por meio da história de dos irmãos, o mundo das drogas e os desajustes sociais. O filme estreou em 2010 e foi mais um grande sucesso da crítica, pois ele ainda continua com o seu jeito cru e realista de filmar. 


A Caça é o mais novo sucesso do diretor e traz o grande ator Mad Mikkelsen como protagonista. O filme conta a história de Lucas, um homem divorciado recentemente que tenta levar a sua vida em diante. Arruma um emprego numa creche e começa a namorar uma garota. No entanto, todo o seu sossego termina nas festas natalinas, quando a filha de cinco anos do seu melhor amigo e sua aluna na creche, o acusa de estupro. 



A falsa revelação acaba despertando o ódio da comunidade e Lucas acaba sendo desprezado por todos, mesmo depois  da menina revelar para os pais que inventou a história. O filme suscita uma problemática pouco vista em outros longas, que é o questionamento sobre a pureza das crianças. Junto com Festa de Família, A Caça revelou-se uma outra grande obra-prima produzida pelo diretor. 


  




 O QUE REALMENTE ACONTECEU COM A ORQUESTRA ELEAZAR DE CARVALHO.




A Orquestra Eleazar de Carvalho (ORCEC) surgiu no ano de 1996, na gestão do Governador do Ceará, Tasso Jereissati. Nascida como um projeto da Secretaria da Cultura e Desporto do Estado do Ceará, a ORCEC recebeu apoio por meio da Lei Estadual de Incentivo à Cultura e logo depois recebeu verbas da ação da Associação Artística de Concertos do Ceará (AACC), com o apoio do Governo do Estado do Ceará, por meio da Secretaria da Cultura.

A orquestra era formada por 27 músicos, distribuídos em violinos, violas, violoncelos e contrabaixos. A maioria dos músicos que compunha o quadro de cordas da ORCEC eram ex-estudantes de projetos assistencialistas como a Orquestra de Concertos do Sesi, organizada pelo Maestro Vazken Fermanian, estudantes do Conservatório de Música Alberto Nepomuceno e outras instituições de música particulares e públicas. Logo no início do nascimento da ORCEC, um número grande de músicos que tinham migrado para os estados de Goiânia, São Paulo e Paraíba, acabaram voltando em busca desse novo mercado de trabalho, já que saíram do Ceará em busca de emprego na área. 

No entanto, os governos posteriores não cumpriram com a meta de pagamento dos salários dos músicos. De lá para cá os salários quase sempre atrasavam. Para quem tinha casa ou família para sustentar, ficava cada vez mais difícil viver de música. Os jornais O Povo e O Diário do Nordeste, já noticiaram inúmeras vezes sobre a questão do atraso dos salários. 

Em 2008 fiz um artigo sobre o problema da migração de músicos cearenses para outras cidades e acabei procurando pessoas especializadas no assunto na tentativa de encontrar um norte para essa questão. Para Liduino Pitombeira (Doutor em Música e Professor de Composição da UFRJ), dentre as causas da inviabilidade de aberturas de mais bacharelados e orquestras está à omissão das universidades que colocam toda a atenção financeira a quem produz ciência e tecnológica e de saúde, do governo que criou os famosos discursos recheados de palavras-chave como auto-sustentabilidade e anti-paternalismo, que, em nenhuma parte do mundo, mesmo no imenso universo neoliberal, funciona bem com relação à produção erudita e vanguardista. Em outras palavras, arte-pesquisa não é auto-sustentável e deve ser subsidiada mesmo. E dos músicos que não reivindicam os seus direitos.



Dessa forma, para Liduino Pitombeira, as causas no ano de 2008 para o Ceará não manter os salários da ORCEC em dia não eram financeiros, já que o governo do Ceará tinha disponibilidade real de subsidiar o setor cultural com no mínimo 1,5 milhões/mês, aproximadamente 2% do ICMS repassado aos municípios.    

No ano de 2014, depois de 18 anos de existência, a Orquestra Eleazar de Carvalho encerra as suas atividades por conta dos salários atrasados. A matéria do Diário do Nordeste do dia 29/04/2014 noticia que após seis meses sem receber recursos do Governo do Estado, a orquestra se desintegra, o maestro vai embora do Ceará e alguns músicos vendem os seus instrumentos. Realmente uma notícia muito triste para quem aprecia a vida cultural local.

O cenário da música erudita sofreu uma real decadência no Ceará nesses últimos tempos. É bom lembrar que a diretora do Conservatório de Música Alberto Nepomuceno, Mírian Carlos, já apontou em várias matérias publicadas no Diário do Nordeste, que a instituição vive "por um milagre". Para piorar a situação, o Ceará perdeu a pouco tempo a regência do Maestro Vasken Fermanian, que acabou se aposentando. O SESI aproveitou para também finalizar as atividades de sua Orquestra e o que restou foi apenas um pequeno projeto assistencialista com poucos monitores.






  






domingo, 20 de julho de 2014

CRÍTICA

SÉRIE TRUE DETECTIVE



As séries norte-americanas estão cada vez mais surpreendentes. True Detective é mais um grande sucesso. São oito episódios dirigidos por Cary Fukunaga, em uma trama consistente que apresenta como elenco Matthew McConaughey, Woody Harrelson e Michelle Monaghan. A trama central gira em torno de um crime cometido e que não foi desvendado. Dezesseis anos depois os dois detetives são chamados para prestar depoimento e a investigação recomeça. Em paralelo ao crime, várias histórias familiares circulam e deixam a série ainda mais especial. 

Rust Cohle, que é vivido por McConaughey, com o seu jeito enigmático e personalidade introspetiva, apresenta em cada episódio dilemas diferentes sobre a vida e a morte. Já Martin Hart, protagonizado por Harrelson, é exatamente o oposto, mas convive até certo momento pacificamente com o jeito estranho do seu parceiro. 

As diferenças entre ambos os unem de uma forma atípica. Eles completam-se, apesar do distanciamento de ideias. No entanto, toda a amizade vai por água abaixo em um dia fatídico, marcado por uma grande descoberta feita por Martin. 



Quando a dupla se desfaz, o drama pessoal vivido por McConaughey fica mais evidente. Ele torna-se a cada dia mais afeito as ideias existencialistas e niilistas e finalmente se entrega ao mundo insólito e vazio da Luisiana, enquanto Martin afunda-se cada vez mais nas contradições com o seu perfil de "homem de família". 

A direção de arte, fotografia, edição e a trilha sonora são espetáculos à parte. A abertura da série é belíssima. As sequências das imagens dos personagens são sobrepostas pela história do crime.



A música de abertura é um casamento perfeito com a imagem. O grupo mistura um pouco de folk music com bluegrass e outros gêneros. O estilo é bem peculiar na música de abertura (Far From Any Road) o grupo apresentada uma pitada de atmosfera sombria e misteriosa, bem ao estilo da trama.   



O final é cheio de segredos a serem desvendados. Uma das minhas únicas críticas a série é essa pitada de ocultismo em um roteiro que na minha opinião não cabia esse tipo de abordagem. O personagem de McConaughey também sofre uma mudança drástica que não agrada a uma parte do público. No entanto, nada disso muda a minha opinião a respeito da genialidade da série. Recomendo para todos que gostam de tramas investigativas. 

   



MEUS TRABALHOS EM PINTURA A ÓLEO SOBRE TELA.


 FRIDA KAHLO


BOB DYLAN


 BILLIE HOLIDAY 


 SALVADOR DALÍ


 DOM QUIXOTE 


WALTER WHITE


 CHE GUEVARA 


 EDGAR ALLAN POE 


 BEETHOVEN


AMY WINEHOUSE


AUDREY HEPBURN


CHARLIE CHAPLIN


SHERLOCK HOLMES


sábado, 19 de julho de 2014

10 LIVROS DE ESCRITORES RUSSOS QUE VOCÊ NÃO PODE DEIXAR DE LER

Gosto dos escritores de todas as nacionalidades, mas tenho uma admiração maior pelos russos. Vou deixar a dica de 10 livros que são indispensáveis para conhecer um pouco desse magnífico universo da literatura. 

1 - Crime e Castigo - Fiódor Dostoiévski.

Conheci Crime e Castigo aos 16 anos por intermédio de um grande amigo que adora as obras do escritor Dostoiévski. De lá pra cá nada me fascinou tanto. O romance existencialista escrito em 1866 traz aos leitores a história de Raskólnikov, um jovem estudante que comente um assassinato e se vê perseguido pela culpa após o crime. A obra em questão é um verdadeiro tratado sobre a moral e serviu de influencia para sociólogos, filósofos e psicólogos.  


2 - Pais e Filhos - Ivan Turgueniev. 

Publicado originalmente em 1862, o livro em questão traz consigo a marca do niilismo. Esse termo na obra diz repeito a uma doutrina filosófica aplicada ao protagonista Bazárov, um rebelde que se distanciou dos valores tradicionais adquiridos pelos pais e criou os seus próprios a partir do exame e da contestação de todas as imposições da sociedade. Bazárov era um homem materialista, que negava a autoridade, a arte e o amor. 


3 - Guerra e Paz - Leon Tolstói 

Publicada entre os anos de 1865 e 1869, a obra em questão narra a história da Rússia na época das Guerras Napoleônicas. Seus críticos apontam que Tolstói desenvolve no livro uma teoria fatalista sobre a História, onde o livre-arbítrio não teria mais que uma importância menor e onde todos os acontecimentos só obedeceriam a um determinismo histórico irrelutável. 


4 - Os irmãos Karamazov - Fiódor Dostoiévski.

Escrita em 1879, a obra ficou conhecida como uma das mais importantes da literatura russa. Os perfis psicológicos traçados em Os irmãos Karamazov influenciou bastante as teorias freudianas. Em uma das principais passagens do livros intitulada O grande Inquisidor, Ivan narra ao seu irmão Aliéksiei, a história de um inquisidor, que ao se deparar com o retorno de Jesus Cristo na terra, o questiona dos seus feitos. 

  
5 - A Dama do Cachorrinho & Outras Histórias - Anton Tchekhov. 

A obra em questão é uma compilação dos 36 melhores contos do escritor Tchekhov. O contos são breves, porém tocantes. O principal deles deu nome ao livro e trata da história de um caso de adultério entre um banqueiro russo e uma jovem que ele conhece enquanto tirava férias. 



6 - Almas Mortas - Nicolai Gogol.



A obra foi publicada em 1842 e conta a história de um aventureiro que compra, a um preço irrisório, os camponeses russos mortos desde o último censo, mas ainda vivos na lista do fisco. Uma ilegalidade que permite traçar um panorama da vida provinciana e um esboço do homem russo pelo seu lado negativo. 


7 - Anna Karenina - Leon Tolstói. 


O romance foi publicado entre os anos de 1873 e 1877 e conta a história de um caso extra-conjugal entre Anna Karenina e o oficial Conde Vronski. A trama se passa na Rússia Czarista e mostra todo o desprezo da sociedade aristocrata por uma mulher divorciada. Na obra também outras questões sociais importantes são suscitadas, como péssimo tratamento dado aos camponeses, também conhecidos como mujiques. 


8 - O Capote - Nikolai Gógol.


Escrita em 1842, o livro narra a história de um pobre funcionário público que, a grandes custos, consegue comprar um novo capote e é roubado no mesmo dia que o inaugura. A partir desse imprevisto o protagonista passa por verdadeiros infortúnios por causa da burocracia russa na tentativa de recuperá-lo.  




9 -  A Dama de Espada - Aleksandr Púchkin.



O livro compila três novelas, quatro contos e dezesseis poemas. Os textos reunidos constituem uma excelente introdução da obra e da poesia de um dos melhores escritores russos já vistos. Sua obra abarca diferentes estilos literários e sua influência se fez notar no inúmeros escritores de sua geração e das posteriores. 


10 - O Beijo & Outras Histórias - Anton Tchekhov. 


O livro é uma coletânea de contos do autor que é considerado um mestre na construção de tipos humanos. Na obra em questão o escritor concentra os grandes problemas humanos na forma breve do conto.