sexta-feira, 30 de setembro de 2011

10 livros de literatura pra ler antes de morrer.

1 - Crime e Castigo, do escritor russo Fiódor Dostoiévski, foi um livro escrito no século XIX, mas traz até hoje reflexões oportunas sobre a humanidade. Trata-se de um romance psicológico que evoca muitos sentimentos, entre eles o da autopunição para alcançar a redenção. O existencialismo é marca preponderante dessa obra. Sugiro para os brasileiros a tradução da Editora 34. Desse mesmo autor recomendo a leitura dos livros Os irmãos Karamázov e Memórias do Subsolo. 



2 - Cem anos de solidão, do escritor colombiano Gabriel Garcia Márquez, é um livro que traz a marca do realismo mágico. Seus inúmeros personagens chamam a nossa atenção por se entrelaçarem nas tramas surrealistas tecidas pelo autor. Memórias de minhas putas tristes e O amor em tempos de cólera são também leituras imperdíveis. 


3 - A Divina Comédia, do escritor italiano Dante Alighieri, é um livro que nos faz mergulhar no pensamento medieval e na visão cosmogônica de mundo. A obra é dividida em três partes: O inferno, o purgatório e o paraíso. Alguns personagens são figuras conhecidas do povo italiano. Sem dúvida, Dante marcou o pensamento filósofico-teológico. Ps: As melhores edições são aquelas que possuem gravuras do desenhista Gustave Doré. 


4 - Histórias Extraordinárias, do escritor americano Edgar Allan Poe, é um clássico da literatura. O livro traz contos bem construídos e com finais inesperados. Poe, que influenciou uma série de outros autores, trabalha com sentimentos tétricos existentes um pouco em cada um de nós. Vale a pena conferir a obra completa desse autor, pois, além dos contos de terror e morte, encontramos os contos policias (Os crimes da Rua Morgue), os filosóficos (O Silêncio), entre outros.

   
5 - A mulher de trinta anos, do escritor francês Honoré de Balzac, é um dos seus livros mais lidos em todo o mundo. O romance é dividido em seis partes e trata de análises psicológicas em torno do amadurecimento feminino. O termo a idade balzaquiana ainda hoje é utilizado no Brasil.  


6 - A metamorfose, do escritor alemão Franz Kafka, é um livro que denuncia a repulsa da sociedade por indivíduos que não seguem os padrões estabelecidos. O personagem Gregor, ao se transformar num inseto, desespera-se com os absurdos do mundo e com a sua família que o rejeita. A metamorfose do personagem vai além do físico, alcançado também comportamentos, atitudes, sentimentos e opiniões. Ps: O Processo é uma outra grande obra do autor que merece ser lida. 


7 - Memórias Póstumas de Brás Cubas, do escritor brasileiro Machado de Assis, é um livro que rompe com a narração linear. Além disso, foi considerada a obra que iniciou o Realismo no Brasil, retratando o Rio de Janeiro com pessimismo e ironia. Ainda estão presentes nesse livro discussões em torno de temas como escravidão, exclusão social e cientificismo.


8 - Ensaio sobre a cegueira, do escritor português José Saramago, é um livro que começa a narrar casos individuais de pessoas que cegam inesperadamente (Cegueira branca). Esse mal acaba assolando a maior parte da população e, por isso, a sociedade sofre um retrocesso. A moral é bastante discutida nessa trama, pois os sentimentos mais primitivos do homem ressurgem e o caos prevalece.  Muitos outros livros de José Saramago chamam a nossa atenção. Caim e O Evangelho segundo Jesus Cristo, por exemplo, são leituras imperdíveis.     


9 - Dom Quixote, do escritor espanhol Miguel de Cervantes, é um clássico da literatura de ficção até hoje muito lido. A história bem construída trata das aventuras de Dom Quixote, um pequeno fidalgo castelhano que perdeu o interesse pela leitura de cavalaria e partiu para uma viagem com a finalidade de imitar os seus heróis, e Sancho Pança, amigo e companheiro fiel que tem uma visão mais realista do mundo. Nessas incursões os dois se envolvem em muitas fantasias, sempre desmentidas pela dura realidade. 

   
10 - Paraíso Perdido, do escritor inglês John Milton, é uma obra poética do século XVII, inspirada nos escritos do Gênesis. Satanás sabendo que uma nova raça tomará o lugar dos anjos rebelados resolve agir, tentando Eva no paraíso. A queda de Lúcifer e suas indagações em torno da figura de Deus e dos anjos é uma forma figurativa que John Milton tem de mostrar os sentimentos transgressores da humanidade sobre as imposições religiosas.